sexta-feira, 6 de abril de 2018

No dia seguinte à decisão

Há uma tendência de que líder popular preso, como é o caso do ex-presidente Lula (foto), tende a virar mártir e assim se fortalecer ainda mais politicamente na prisão.

Se assim for, ainda há muita história política a rolar pela frente. As análises políticas apontam que a eleição à Presidência da República deste ano será a mais imprevisível da redemocratização.

Sem pré-candidato consolidado deixado pelo vácuo do líder das pesquisas Luiz Inácio da Silva (PT), o país marcha sem rumo para o que será, será! – e vamos que vamos!

Quem não sabe, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mudou de posição votando favorável ao petista no habeas corpus não por simpatia ou para ser bonzinho?

Gilmar (ah, Gilmar!) mudou seu voto para permanecer contra a Operação Lava-Jato, que combate a corrupção no país, mas prevendo o que poderá acontecer aos seus protegidos mais adiante.

Se o Planalto se cala lá em Brasília, há seus motivos. Não é por não ter gostado da retirada de Lula da disputa política. Isso até que foi maravilhoso para quem não pretende largar o osso.

Temer, o presidente da República denunciado e salvo pelo Congresso, teme, é claro, o que poderá a vir lhe acontecer depois que perder o foro privilegiado a partir de janeiro de 2019.

Há um outro questionamento que me incomoda e não me deixa silenciar. E se, de fato, tudo isso se tratar tão somente de um propósito político para retirar de cena o líder imbatível?

Sim, porque passadas as eleições, magistrados do STF podem no futuro mudarem de ideia, pautar novamente a prisão em 2ª instância e decidirem reformá-la. Tudo neste país é muito imprevisível.

Como vamos terminar essa história, que agora entramos no capítulo da prisão? Sem candidato (ou candidata) invencível, à direita, à esquerda ou ao centro, outubro se aproxima com pressa.

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