A música tocava alto na vitrola – o toca-discos de antigamente. Lá de casa, ou mesmo da rua, dava para ouvir bem. Rua principal de cidadezinha interiorana de muito pouco movimento. Raramente passava um carro.
Lembro que a música vinha de um quarto de pensão – como era mais conhecida qualquer hospedaria daquela época. Ficava na vizinhança da casa de meus pais. Hospedava militares do Exército do Batalhão de Engenharia que tinham vindo construir a estrada ferroviária.
Ouvi aquela música tantas vezes em fins de tarde quando os hóspedes retornavam do trabalho, que nunca mais a esqueci. Chama-se Tarde Fria. Descobri já adulto que é de Cauby Peixoto,cantor de sucesso daqueles anos 50, considerado um dos maiores intérpretes da música brasileira.
Nestes dias de inverno chuvoso e de clima mais ameno na região litorânea daqui de Natal, em que os termômetros acusam temperaturas baixas para os padrões locais, a música Tarde Fria sempre me vem lembrar o tempo de menino ainda novo, a brincar na rua com outros meninos.
Basta uma tarde de sol encoberto, tempo nublado e de vento soprando frio, como a de segunda-feira desta semana, para a lembrança reacender na memória.
Tarde fria/sozinho espero/só você que não vem/eu quero/ – repicava a música nos meus ouvidos. Interessante é que, eu mesmo menino, sem atentar para sentimentalismo amoroso, guardei a velha melodia nos arquivos do tempo, para ela vir agora à tona nas lembranças do passado.
Coisa de romântico à moda antiga, como diz Roberto Carlos num de seus sucessos. Se bem que, diferente de RC. Em vez de flores, a rapaziada mandava era tocar uma melodia dedicada especialmente a um alguém, no serviço de alto-falantes da cidade.
O locutor, que não brincava em serviço, soltava a voz empostada: "Esta música vai para um alguém oferecida por... e sapecava as iniciais de quem não quisesse se identificar publicamente. Lá fora, ao ouvir a mensagem, rapazes e moças que sabiam de quem se tratava, faziam aquela algazarra.
(A foto é do companheiro, jornalista Walter Medeiros, em dia chuvoso na cidade de Natal)
Lembro que a música vinha de um quarto de pensão – como era mais conhecida qualquer hospedaria daquela época. Ficava na vizinhança da casa de meus pais. Hospedava militares do Exército do Batalhão de Engenharia que tinham vindo construir a estrada ferroviária.
Ouvi aquela música tantas vezes em fins de tarde quando os hóspedes retornavam do trabalho, que nunca mais a esqueci. Chama-se Tarde Fria. Descobri já adulto que é de Cauby Peixoto,cantor de sucesso daqueles anos 50, considerado um dos maiores intérpretes da música brasileira.
Nestes dias de inverno chuvoso e de clima mais ameno na região litorânea daqui de Natal, em que os termômetros acusam temperaturas baixas para os padrões locais, a música Tarde Fria sempre me vem lembrar o tempo de menino ainda novo, a brincar na rua com outros meninos.
Basta uma tarde de sol encoberto, tempo nublado e de vento soprando frio, como a de segunda-feira desta semana, para a lembrança reacender na memória.
Tarde fria/sozinho espero/só você que não vem/eu quero/ – repicava a música nos meus ouvidos. Interessante é que, eu mesmo menino, sem atentar para sentimentalismo amoroso, guardei a velha melodia nos arquivos do tempo, para ela vir agora à tona nas lembranças do passado.
Coisa de romântico à moda antiga, como diz Roberto Carlos num de seus sucessos. Se bem que, diferente de RC. Em vez de flores, a rapaziada mandava era tocar uma melodia dedicada especialmente a um alguém, no serviço de alto-falantes da cidade.
O locutor, que não brincava em serviço, soltava a voz empostada: "Esta música vai para um alguém oferecida por... e sapecava as iniciais de quem não quisesse se identificar publicamente. Lá fora, ao ouvir a mensagem, rapazes e moças que sabiam de quem se tratava, faziam aquela algazarra.
(A foto é do companheiro, jornalista Walter Medeiros, em dia chuvoso na cidade de Natal)
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