quarta-feira, 12 de julho de 2017

TRABALHO É o jogo do poder

Por fim, depois de muito bate-boca, pressões parlamentares e protesto, a reforma trabalhista que altera a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) teve aprovação do Senado. Antes passou pelo crivo da Câmara dos Deputados e agora segue para sanção do presidente Michel Temer.

Defendida pelo setor produtivo e contestada pela maioria da classe trabalhadora, o primeiro segmento diz que a reforma significa a modernização do mercado de trabalho; a corrente contrária, no entanto, afirma que as mudanças beneficiarão apenas quem a defende.

Seja como for, daqui em diante é esperar pelos empregos prometidos que a reforma acena gerar para o mercado, amenizando o estoque de quase 14 milhões de desempregados no país que a crise produz.

Na verdade, para a área empresarial não resta dúvida que se beneficiará no enxugamento de custos e no afastamento de pressões sindicais nas negociações entre patrões e empregados.

É sabido também que muito mais difícil para o setor patronal seria conseguir dos governos uma reforma tributária que simplifique impostos e reduza a voracidade governamental por mais. Então, a saída viável foi seguir pela alternativa conveniente e ter o governo como aliado.

O governo, por seu lado, é claro, também respira aliviado de pressões da elite econômica, pela urgência de uma reforma tributária, ao menos por enquanto. Assim segue o jogo!

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