segunda-feira, 3 de julho de 2017

PLANOS Lucro versus clientela

Notícia dá conta de que planos de saúde mesmo perdendo clientes hoje em dia, conseguem lucro que sobe mais de 66%, conforme foi destaque da edição de O Globo deste domingo, 2 de julho.

Ora, operadoras compensam queda com reajustes que chegam a 40%. Mas reajustes mais altos só podem ocorrer em contratos por adesão coletiva, que são realizados por associações de classe, sindicatos e categorias funcionais, por exemplo, ou por planos de empresas.

Há casos, em que esses planos de saúde coletivos chegam a representar hoje 80% do mercado, segundo a reportagem do jornal. Tornou-se, portanto, o filé dos planos, porque são reajustados de acordo com os custos e o governo não se intromete.

Já os planos de saúde individuais, esses são regulados pelo governo, via Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cuja alta recente atingiu só 13,55%.

Eis porque fica cada vez mais difícil a adesão por planos individuais no mercado. Há operadoras que está torcendo o nariz para essa demanda.

Na verdade, para que esse mercado de planos individuais seja mais aberto, as operadoras sugerem regulação menor do setor, reajuste baseado na alta dos custos e redução de cobertura. Empresas operadoras alegam que enfrentam alta insustentável de custos.

Diante dessa questão, há quem preveja, que marchamos para que planos de saúde se tornem serviço de elite, como disse ao Globo Leandro Fonseca da Silva, diretor-presidente substituto da ANS.

Aliás, pode-se afirmar que isso já vem acontecendo, enquanto que o Sistema Único de Saúde (SUS) permanece mais sobrecarregado e sem dar resposta satisfatória à demanda pública.

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