sexta-feira, 14 de julho de 2017

CIDADES Sob o medo da violência

Ninguém está a salvo da violência que toma conta da cidade. Em Natal, capital potiguar, são assaltos a carros fortes, salões de corte de cabelo, farmácias, restaurantes, lojas de shoppings, assim como a transeuntes nas ruas ou em pontos de ônibus, quando não dentro do próprio transporte coletivo.

O que fazer para viver numa cidade assim? Confesso que não sei e talvez ninguém saiba, a não ser dizer o que quase todo mundo já faz. Procurar rezar, proteger-se e arriscar-se menos por aí. Deixar de trabalhar e se dedicar aos fazeres do cotidiano lá fora para ficar trancado em casa, isso é que não pode, nem se deve fazer.

Então, é encarar a realidade, tomando-se as precauções, é claro. A polícia, com seus efetivos militares e civis baixos, deficitários até de estrutura de armamento e carros, guarda pouco a cidade, que vai se deixando mais e mais ser tomada pelo medo.

O governo promete fazer mais pela segurança pública, mas muitas promessas ficam apenas nas ideias e não chegam a tempo de evitar tragédias como a de Micaela Ferreira Avelino, de 26 anos.

Baleada na cabeça depois que virou refém de um dos assaltantes dentro de um shopping do bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal, nesta quinta-feira, 13 de julho, em meio a um tiroteio entre vigilantes de um carro forte e bandidos, ela não resistiu e morreu no hospital.

Triste fim o de Micaela que, segundo contam, a loja (uma barbearia) em que trabalhava havia até se mudado da rua para dentro de um pequeno shopping, como forma de se proteger melhor de assaltos.

E tantas outras tragédias que vêm acontecendo na região metropolitana natalense, aterrorizando a população pacata e ceifando vidas repentinamente. Esse é o clima de guerra urbana em Natal, cidades do seu entorno e até municípios do interior do RN, como Mossoró e outros. Está difícil viver.

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