segunda-feira, 19 de junho de 2017

CORRUPÇÃO O país da propina

Francamente, estou pasmo. Já ouvi falar muito de corrupção, mas nunca vi tanta propina distribuída entre empresários e políticos brasileiros, em delações e entrevistas dadas. Parece que por aqui não se sabe fazer política e governar de outro jeito. Ao mesmo tempo continuamos a ser um país de subdesenvolvimento secular, com falta de recursos financeiros, desvios e entraves burocráticos para fazer funcionar bem hospitais, escolas e garantir a segurança pública.

Desde as delações da Odebrecht até as mais recentes do empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, são montanhas incontáveis de dinheiro envolvendo empresas e partidos políticos Brasil afora e inúmeros protagonistas dessa história nacional de arrepiar.

Nem o atual presidente da República, Michel Temer (PMDB), e ex-presidentes do país são poupados dessa vergonhosa realidade que vem à tona com força avassaladora desde o chamado caso Mensalão, da época do PT. Está provado que a política brasileira é movida a propina pra todo lado, dinheiro ilegal que sangram sem parar os cofres públicos e promovem enriquecimentos ilícitos.

A partir do PT, que segundo Joesley Batista foi quem "institucionalizou a corrupção", passando pelo PMDB e chegando ao PSDB, os três principais partidos, pouca gente escapa desse redemoinho.

Parece que não existe santinhos nessa história real talvez inimaginável como ficção. São grupos de partidos diversos que se envolvem com a chamada "corrupção sistêmica" – como denominou Sérgio Moro, juiz da operação Lava-Jato. Sistêmica porque se tornou parte do sistema de se fazer política (melhor seria politicagem) no Brasil. Quem perde com isso, claro, é a nação, somos todos nós brasileiros e brasileiras, enfim, o bem comum.

É bom mesmo que se escancare tudo de podridão que ainda tiver de vir a público, para que se tente uma faxina geral já retarda demais, e daqui em diante se possa fazer política com "P" maiúsculo mesmo. A nós cabe passar este país a limpo, aproveitando o momento, para que futuras gerações se encarreguem de fazer política séria e um país melhor.

2 comentários:

  1. Numa viagem à Rússia e à Noruega que começa nesta segunda-feira (19/6),e que deve durar a semana toda, o presidente Michel Temer parece querer passar a impressão de que não está ligando para as delações e entrevista à revista Época do empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, que o denuncia em escândalos de corrupção passiva, tentativa de bloqueio da Justiça e organização criminosa.

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  2. Joesley Batista, empresário da JBS,agora virou "bandido notório" para o governo de Michel Temer.Foi só depois que abriu o jogo. Antes não, era até recebido na calada da noite no Palácio Jaburu, por fora da agenda oficial.Ah, tá!

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