ROBINSON Governo sem brilho |
O governador Robinson Faria, que se elegeu com o discurso de ser o "governador da segurança", numa alusão que usaria a "tolerância zero" para o aumento da violência no Estado, até aqui seu governo permanece sem deslanchar nessa área, assim como em outras também. Sem engatar uma segunda marcha, segue na primeira desde que assumiu há dois anos e meio.
Ao menos até aqui, nenhuma obra importante. Um de seus motes na publicidade que promete "Natal saneada 100%" continua sendo sonho. Nem a via sul até o Aeroporto de Natal, em São Gonçalo do Amarante, conseguiu entregar até agora. Resta um ano e meio para terminar seu primeiro mandato.
Na segurança pública, que deveria ser modelo de exportação, o Estado tem fraquejado feio com número assustador de homicídios, que ultrapassa o patamar recordista de mais de 800 casos só até início de maio. A televisão em seu noticiário repete esse triste recorde quase diariamente.
Se não deslanchou sequer na área em que jurou pôr ordem e progresso, imagine nas outras. Na saúde, os problemas continuam os de sempre. Hospitais com superlotação, sem leitos de UTIs e instalações para receberem pacientes, além de outros tantos problemas listados pela mídia local. Outro gargalo é a educação pública estadual com falta de professores e instalações ruins.
Não bastassem tais problemas em áreas de maior peso, a pretexto das dificuldades financeiras impostas pela crise nacional, o governo Robinson demonstra ser pobre em iniciativas. Esculhambou com o calendário de pagamento dos servidores e faz mais mais de ano que paga salários atrasados.
Tudo isso e mais. Em seu governo o funcionalismo caminha para o maior arrocho salarial, sem um centavo de reajuste aos mais de 80% dos servidores ativos e inativos que recebem ganhos modestos e defasados pela inflação. O empobrecimento dessa categoria segue ladeira abaixo. Sem demora, o teto logo se igualará a um ou dois salários mínimos.
Definitivamente, Robinson Faria faz uma gestão abaixo da média, até pior do que a antecessora Rosalba Ciarlini reprovada por ele e pela opinião pública, e a quem tanto criticou, depois de romper com ela na condição de então vice-governador e seguir com seu projeto de governar o Estado.
Em meio a um governo sem brilho, por mais Robinson não esperava. Seu envolvimento em notícias de suspeita de receber propina em escândalo nacional, e apontado como contratante de funcionários "fantasmas" durante gestão na presidência da Assembleia Legislativa do RN.
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