quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Patrulhamento das redes

Hoje em dia a gente tem que tomar muito cuidado para não cometer deslizes no que dizemos em público, ou mesmo ao nosso interlocutor. É como andar pisando entre ovos.

Ao que parece acabou o tempo do galanteio. Um gracejo que você dirija a uma graciosa jovem  pode ser visto como machismo ou assédio sexual. Não, não diga nem em sonho!

Trate bem a todos sem distinção de opção sexual. Senão alguém pode rodar a baiana e gritar: Êpa! Êpa! Êpa! – e você ser enquadrado como homofóbico. 

 Pise macio e não fale antes de pensar duas vezes. Por aí, onde se menos espera, estão as patrulhas do exagero, da má interpretação e da má fé.

Palavras como neguinho – "Ei neguinho pra onde vai hoje?" – que se dizia muito na intimidade, até de forma afetiva com alguém, não diga nem dentro de casa. Pode existir um patrulheiro na espreita. Isso pode ser entendido como racismo.

A coisa está caminhando para uma paranoia sem freio, que tudo pode dar processo, cadeia e não sei o que mais lá – e você ser execrado numa dessas redes sociais.

Então, o melhor mesmo é se patrulhar para não cair nas mãos de uma dessas patrulhas da rede: Arrah, te peguei e vou te ferrar! – porque você disse algo que alguém se sentiu ofendido.

Basta a forma de alguém interpretar ou distorcer o que foi dito na brincadeira.

A paquera de antigamente está no fim ou já se foi e ainda eu não dei conta. Porque admirar o sexo oposto por sua beleza, atração física e a forma como se veste, muita calma nessa hora.

Isso aí pode ser assédio sexual ou machismo incontido – alertava-me um desses patrulheiros amigo.

Eu agora ando como se usasse antolhos – aquele acessório que se coloca em animal de montaria ou carga para limitar a visão e força-lo a olhar apenas para a frente e não dos lados.

É gente! Os tempos mudaram e hoje são outros, portanto, tome cuidado e juízo com suas brincadeirinhas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

MAIS VISITADAS