sexta-feira, 11 de abril de 2014

Inflação sem freio

O dragão – figura malvista que simboliza a inflação – põe a cabeça de fora. Outra vez nos atormenta com um pesadelo do passado. Ao que parece, o remédio administrado já não faz tanto efeito assim. Os juros têm subido consecutivamente nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sem que se consiga os resultados desejados de estancar o índice inflacionário.

Sobe o juro prejudicial ao investimento e ao consumo, enquanto os preços se danam de modo que o governo do país não consegue segurar as rédeas do dragão e domá-lo. O resultado está aí: inflação sobe acima do esperado e empurra a média do país para 6,15% em março, conforme acumulado de 12 meses, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Para alcançar esse patamar, já bem perto do teto da meta (6,5%), a inflação chegou a 0,92% em março, superando as previsões e foi a maior para o mês em 11 anos. A alta pesa mais no Rio de Janeiro (7,87%), em São Paulo (6,41%) e em Curitiba (6,36%). Nesse ritmo a previsão é de que lá para o fim do ano o teto da meta de inflação vai estourar.

Estamos falando do teto porque o centro da meta inflacionária (4,5%), que seria o ideal, já se foi e ficou para trás faz tempo.   

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