sábado, 12 de outubro de 2013

Bancos sem funcionarem

Desde quinta-feira tento pagar boleto e fazer depósito em agências bancárias daqui de Natal e não consigo. Primeiro fui a uma agência do Banco do Brasil na avenida Ayrton Senna, em Nova Parnamirim.

Nesta sexta-feira tentei uma agência do Bradesco na avenida Engº Roberto Freire e também nada, além da vaga esperança de que os bancos voltem a funcionar na segunda-feira com o encerramento da greve.

Num caso e outro eu tentava me livrar da maior taxa de juro real do mundo, que voltou a ser a dos bancos brasileiros, com a elevação dos juros do Banco Central esta semana de 9% para 9,5% ao ano.

Impossível fazer qualquer operação financeira com essa greve que já dura mais de 20 dias em negociações. Quero saber se o banco vai ter a cara de pau de cobrar juros porque vou pagar depois do vencimento.

Não é que eu seja contra a greve. Os bancários estão no direito deles de pressionar os empregadores para conquistar novos avanços em seus ganhos. A greve é um instrumento de luta nas democracias.

Só não vou entender – nem eu, nem ninguém – se os bancos não considerarem os dias parados e cobrarem juros de contas em atraso em decorrência da greve no setor.

Aliás, esta foi uma das greves mais forte da classe bancária. Em outras paralisações, só deixavam de funcionar mais as agências dos bancos públicos, enquanto a dos bancos privados conseguiam dar um jeito.

Desta vez não, parou literalmente tudo. Parou por quê? Por que parou? Afinal, o que funcionou mesmo nesta greve foi a forte pressão vinda dos bancários organizados e unidos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

MAIS VISITADAS