domingo, 29 de setembro de 2013

Chaga do subdesenvolvimento

É triste esta realidade: o Rio Grande do Norte é um dos Estados brasileiros com um dos menores índices de saneamento básico do país. Esta chaga faz parte de nosso subdesenvolvimento.

 O problema é que as redes coletoras de esgotos ainda falta muito para atender toda a população.

Em torno de 72,4% da população do Estado não tem acesso ao saneamento básico, conforme informação da Companhia de Esgotos do Rio Grande do Norte – a Caern.

Dados de pesquisa recente do IBGE revela que o RN tem apenas 16,9% de rede coletora de esgotos.

Porém, o pior dessa carência pública está no fato de que recursos federais para realização de obras terminaram sendo devolvidos em decorrência de projetos mal elaborados.

Essa constatação da falta de esgotos, nem é preciso ir longe para se deparar com o problema.

Falo daqui mesmo de Natal, a capital do Estado, onde o esgoto a céu aberto pode ser constatado em ruas desta cidade, e a grande maioria das residências ainda se servem de fossas sépticas.

No entanto, de acordo com metas existentes, o RN deveria estar com 80% de todo o Estado saneado até 2015. Mas são metas que passam de governo para governo sem conclusão.

Impressiona a lentidão com que obras assim são tocadas. Por exemplo, entre 2007 e 2011, nove contratos foram assinados entre governo do RN e União, mas apenas duas das obras previstas foram concluídas.

Daí porque parte dos recursos federais tiveram de ser devolvidos.

É importante também levar em conta, como explicou outro dia pela televisão a promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, que não é só construir a rede de esgoto para contornar o problema.

Além disso, é preciso garantir que a rede vai levar o esgoto para ser tratado numa estação específica. A solução, portanto, compreende três fases: coleta, tratamento do esgoto e um destino adequado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

MAIS VISITADAS